Indústria paulista tem resultados positivos em 2024, indicam Fiesp e Ciesp

Apesar de queda no quarto trimestre, o setor mostrou resiliência no ano

Variação mensal

Na leitura de dezembro, todos os indicadores da pesquisa Levantamento de Conjuntura (Fiesp/Ciesp) ficaram no terreno negativo na comparação com o mês anterior.

A principal redução no mês ocorreu no NUCI, que passou de 79,8% em novembro para 76,3% em dezembro. Também em movimento de queda neste período, as vendas reais, as horas trabalhadas na produção e os salários reais médios variaram -2,6%, -2,2% e -1,0%, respectivamente.

Todos os dados contam com ajuste sazonal.

Variação no 4º trimestre/2024

No último trimestre de 2024, apenas as horas trabalhadas na produção avançaram em comparação com o período imediatamente anterior (+0,5%), configurando quatro trimestres de crescimento do indicador (do 1º ao 3º trimestre, em ordem: +1,2%, +0,5% e 1,8%).

As vendas reais retraíram 0,3% entre outubro e dezembro na comparação com o trimestre de julho a setembro quando avançou 2,2% frente ao trimestre anterior. Já os salários reais médios, com variação de -0,2%, devolveram a alta indicada no 3º trimestre, quando cresceram 0,2%.

Dados com ajuste sazonal.

Variação acumulada no ano

No fechamento de 2024, a indústria de transformação paulista indicou resiliência e registrou crescimento nos indicadores da pesquisa.

O maior crescimento deu-se nas horas trabalhadas na produção, com variação de 1,8%, quarto ano seguido de avanço. Em seguida, os salários reais médios cresceram 1,2% em 2024, terceiro ano com dados positivos desse componente.

Por fim, as vendas reais aumentaram 0,4% em 2024 quando comparadas com o ano de 2023 (-9,9%). Desde 2015, em apenas dois anos as vendas reais do setor manufatureiro do estado de São Paulo cresceram no encerramento do ano, 2021 (+0,7%) e 2024 (+0,4%).

Os dados da variação no ano não contam com ajuste sazonal.

Segundo o economista-chefe da Fiesp, Igor Rocha, “devido ao aperto monetário, a um cenário externo incerto e às condições financeiras em patamares restritivos, a Fiesp projeta que o PIB da indústria de transformação nacional deverá crescer 1,1% em 2025, desacelerando frente a expectativa de alta de 3,6% em 2024%”.


Clique e conheça os resultados da indústria de transformação paulista – Conjuntura de Dezembro

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Indústria Paulista apresenta resultados positivos no 2º Semestre de 2024 e expectativas estáveis para 2025

Os resultados foram influenciados pela percepção de melhora do volume produzido e das vendas no mercado interno

Pesquisa “Rumos da Indústria Paulista” divulgada pela Fiesp avaliou a atividade da indústria paulista no segundo semestre de 2024 e apontou as expectativas para o primeiro semestre de 2025. 

O levantamento indicou que 45,2% das indústrias entrevistadas consideraram que o 2º semestre de 2024 foi melhor em comparação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, 27,9% afirmaram que a situação permaneceu a mesma, já 26,9% apontaram uma piora. A pesquisa também destacou que 44,1% das indústrias observaram um aumento no volume de produção e 44,2% nas vendas ao mercado interno. 

Para o primeiro semestre de 2025, as indústrias paulistas esperam estabilidade em relação ao volume de produção, às vendas, ao mercado interno e às exportações. 

A pesquisa foi realizada entre 02 e 18 de dezembro de 2024 e envolveu 290 indústrias de transformação de todos os portes, situadas no estado de São Paulo. 

Acesse a pesquisa completa aqui. 




Déficit primário cai 88,7% em novembro, para R$ 4,515 bilhões

Resultado veio melhor que as expectativas das instituições financeiras

 

O crescimento da arrecadação e a não repetição de gastos que ocorreram em 2023 fizeram o déficit do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) cair em novembro. No mês retrasado, as contas públicas tiveram resultado negativo de R$ 4,515 bilhões. O valor representa queda real (descontada a inflação) de 88,7% em relação a novembro de 2023, quando o déficit primário tinha ficado em R$ 38,071 bilhões.

O resultado veio melhor que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Fazenda, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 10,4 bilhões em novembro. As contas do Governo Central foram divulgadas com três semanas de atraso porque a Receita Federal demorou a passar os dados da arrecadação de novembro.

Com o resultado de novembro, o rombo acumulado em 2024 está em R$ 66,827 bilhões. Isso representa queda de 42,6% em relação ao período de janeiro a novembro do ano passado, quando o déficit primário estava em R$ 112,466 bilhões.

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 ano e o novo arcabouço fiscal estabelecem meta de déficit primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo, para o Governo Central. No limite inferior da meta, isso equivale a déficit de até R$ 28,75 bilhões.

No fim de novembro, uma edição especial do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas projetou déficit primário de R$ 64,426 bilhões para o Governo Central, o equivalente a um resultado negativo de 0,56% do PIB. A conta, no entanto, inclui gastos fora do arcabouço fiscal, como o pagamento de precatórios e os créditos extraordinários para reconstruir o Rio Grande do Sul e combater incêndios florestais.

Ao considerar apenas os gastos dentro do arcabouço, a previsão de déficit primário cai para R$ 27,747 bilhões, dentro da margem de tolerância de R$ 28,75 bilhões. O resultado de 2024 está sendo ajudado pelas receitas extraordinárias da taxação dos fundos exclusivos, da reoneração dos combustíveis e do crescimento econômico, que se reflete em pagamento de mais tributos.

Receitas

Na comparação com novembro de 2023, as receitas subiram, mas as despesas caíram se descontada a inflação. No mês retrasado, as receitas líquidas subiram 19,3% em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta chega a 13,8%. No mesmo período, as despesas totais caíram 1,7% em valores nominais e 6,3% após descontar a inflação.

O déficit primário foi impulsionado pela forte arrecadação federal em novembro, a segunda maior para o mês. Se considerar apenas as receitas administradas (relativas ao pagamento de tributos), houve alta de 14% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2023, já descontada a inflação.

Os principais destaques foram o aumento da arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), decorrente do crescimento econômico. As receitas do tributo, que reflete o comportamento das vendas, subiram R$ 7,5 bilhões acima da inflação em novembro em relação a novembro de 2023. A alta do dólar também contribuiu, fazendo o Imposto de Importação subir R$ 3,1 bilhões acima da inflação na mesma comparação.

Também contribuíram para a alta nas receitas o aumento de R$ 2,1 bilhões acima da inflação na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte, por causa da tributação sobre os fundos exclusivos, que entrou em vigor no fim de 2023. A arrecadação também foi impulsionada pela alta de R$ 2,5 bilhões acima da inflação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que reflete o crescimento da atividade industrial.

As receitas não administradas pela Receita Federal subiram 39,5% acima da inflação na mesma comparação, puxadas pela transferência de R$ 5,8 bilhões em dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional. O pagamento de R$ 4,1 bilhões em outorgas de usinas hidrelétricas após a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) também contribuiu para o crescimento.

Despesas

Quanto aos gastos, o principal fator de queda foi a ajuda de R$ 11,7 bilhões concedida pela União aos estados e municípios em novembro de 2023, que não se repetiu no mesmo mês do ano passado. Apesar dessa queda, outras despesas aumentaram, como os gastos com a Previdência Social, que subiram 2,3% acima da inflação, devido ao aumento do número de beneficiários e à política de valorização do salário-mínimo.

Os gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) saltaram 13,9% acima da inflação, pelos mesmos motivos. O pagamento de créditos extraordinários subiu R$ 1,47 bilhão além da inflação por causa da reconstrução do Rio Grande do Sul.

Por causa da revisão de cadastros do Bolsa Família, os gastos com despesas obrigatórias com controle de fluxo (que engloba os programas sociais) subiram apenas 1,2% em novembro descontada a inflação na comparação com o mesmo mês de 2023.

Os gastos discricionários (não obrigatórios) caíram R$ 4,8 bilhões descontada a inflação. Desse total, reflexo dos bloqueios no Orçamento em vigor desde julho. As maiores quedas, em valores corrigidos pela inflação, foram observadas nas despesas com saúde (-R$ 1,9 bilhão) e educação (-R$ 1,2 bilhão).

Os gastos com o funcionalismo federal cresceram R$ 2,5 bilhões (+0,8%), descontada a inflação de janeiro a novembro em relação ao mesmo período do ano passado. A alta foi compensada pela quitação de precatórios no início de 2023, o que diminuiu em 12,1%, descontada a inflação, o pagamento de sentenças judiciais.

Quanto aos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), o total de janeiro a novembro somou R$ 65,649 bilhões. O valor representa alta de 7,9% acima do IPCA em relação ao mesmo período de 2023. Nos últimos meses, essa despesa tem alternado momentos de crescimento e de queda descontada a inflação. O Tesouro atribui a volatilidade ao ritmo variável no fluxo de obras públicas.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-01/deficit-primario-cai-887-em-novembro-para-r-4515-bilhoes




Industriais estão preocupados com falta de mão de obra qualificada e mercado desafiador, aponta Fiesp

Fiesp Book do 4º trimestre de 2024 indica piora de dados de produção, vendas e custos; cenário para início de 2025 é semelhante

Mayara Moraes

O Fiesp Book do 4º trimestre de 2024 mostra que a indústria paulista sentiu uma piora da produção (49,4 pontos), das vendas (48,3 pontos) e dos custos (39,1 pontos) durante o período de outubro a dezembro. O setor também mantém uma percepção de queda em relação a todos os investimentos, que incluem máquinas e equipamentos (42,4 pontos), P&D (41,0 pontos), indústria 4.0 (37,8 pontos) e capacidade instalada (44,8 pontos). De acordo com a metodologia desenvolvida pela Fiesp, índices abaixo de 50,0 pontos indicam piora, e acima de 50,0 pontos sinalizam melhora.

Para o 1º trimestre de 2025, os empresários industriais paulistas projetam um cenário semelhante, com piora de todos os dados: produção (47,1 pontos), vendas (46,7 pontos), custos (45,5 pontos) e de todos os investimentos – capacidade instalada (46,2 pontos), Indústria 4.0 (45,9 pontos), P&D (43,5 pontos) e máquinas e equipamentos (36,1 pontos).

“Para o próximo trimestre, os empresários paulistas têm expectativa de dificuldades associadas ao mercado de suas empresas e de possíveis aumentos de custos”, alerta Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp. “Além disso, a retomada do ciclo de aperto monetário e o menor impulso fiscal esperados para os próximos trimestres tendem a contribuir para a desaceleração da atividade à frente”, acrescenta.

Os resultados gerais agregam os dados dos doze segmentos consultados, por porte. São eles: 1) Alimentos e Bebidas; 2) Têxtil, Vestuário e Couro e Calçados; 3) Madeira e Móveis; 4) Papel e Celulose e Impressão;5) Petróleo e Biocombustíveis, Químicos e Farmacêutico; 6) Borracha e Plástico; 7) Minerais Não Metálicos e Metalurgia; 8) Produtos de Metal; 9) Informática e Material Elétrico; 10) Máquinas e Equipamentos e Manutenção de Máquinas e Equipamentos; 11) Veículos e Outros Equipamentos de Transporte; e 12) Diversos, que agrega a fabricação de artefatos para pesca e esporte, fabricação de brinquedos e jogos recreativos, fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico de artigos ópticos, entre ouros produtos.

Segmentos

Assim como no cenário agregado, entre os resultados por segmentos também ficou evidente a piora em boa parte dos dados levantados, ainda que a expectativa de alguns setores seja de melhora para a produção no começo de 2025.

O destaque positivo entre os segmentos ficou, pelo segundo relatório consecutivo, a cargo de produtos Diversos, que apontou a percepção de melhora da produção (60,0 pontos) e das vendas (63,0 pontos) no 4º trimestre de 2024. O mesmo setor indicou que no 1º trimestre de 2025 a produção (54,0 pontos), as vendas (56,0 pontos), os custos (53,0 pontos), os investimentos em Indústria 4.0 (60,0 pontos), capacidade instalada (58,0 pontos) e P&D (51,0 pontos) devem ser melhores.

Para os empresários do segmento de produtos Diversos, os fatores que influenciaram neste resultado estão associados à produção e às vendas maiores do período para atender a demanda de fim de ano.

No sentido contrário, o destaque negativo é o segmento de Alimentos e Bebidas, que não sinaliza melhora em nenhum dos dados levantados, tanto na avaliação do 4º trimestre de 2024, quanto nas expectativas para o 1º trimestre de 2025. Os industriais desta categoria apontaram o patamar elevado da taxa de juros, a dificuldade para obtenção de mão de obra qualificada e a instabilidade do mercado como principais motivos para as baixas expectativas em relação ao período atual e o início de 2025.

A propósito, falta de mão de obra qualificada e o mercado desafiador são as maiores preocupações dos industriais paulistas de uma maneira geral. Estes mesmos itens já haviam sido mencionados nos relatórios anteriores.

Sobre o Fiesp Book

O Fiesp Book é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que reúne trimestralmente informações sobre a atividade industrial brasileira e paulista, além de destacar eventos e tendências relevantes.

O principal objetivo do Fiesp Book é fornecer uma síntese das informações sobre a indústria de transformação brasileira, com foco especial em São Paulo e na percepção dos empresários industriais do estado.

A elaboração do Fiesp Book é realizada pelo Departamento de Economia da Fiesp e é conduzida por uma equipe responsável pela coleta, análise e organização de dados econômicos relevantes do período abordado pela edição em questão.

A publicação trimestral tem o compromisso de fornecer e manter constantemente atualizadas as informações mais precisas e relevantes para membros da instituição, parceiros e stakeholders.




01/ABRIL/2024 – 2025 – FTIA

CCT Carnes e Derivados 2024 2025 FTIA Abril

Convenção Coletiva de Trabalho celebrada entre, de um lado. Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de São Paulo – SINDICARNES e de outro FEDEREÇÃO INDEPENDENTE DOS TRABALHORADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO – FITIA -….

 




01/ABRIL/2024-2025 – FITIASP

CCT Carnes e Derivados 2024 2025 FITIASP Abril

Convenção Coletiva de Trabalho celebrada entre, de um lado. Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de São Paulo – SINDICARNES e de outro FEDEREÇÃO INDEPENDENTE DOS TRABALHORADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO – FITIASP -….




01/ABRIL/2023-2024 – FITIASP

CCT Carnes e Derivados 2023 2024 FITIASP Abril

Convenção Coletiva de Trabalho celebrada entre, de um lado. Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de São Paulo – SINDICARNES e de outro FEDEREÇÃO INDEPENDENTE DOS TRABALHORADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO – FITIASP -….