Industriais estão preocupados com falta de mão de obra qualificada e mercado desafiador, aponta Fiesp

Fiesp Book do 4º trimestre de 2024 indica piora de dados de produção, vendas e custos; cenário para início de 2025 é semelhante

Mayara Moraes

O Fiesp Book do 4º trimestre de 2024 mostra que a indústria paulista sentiu uma piora da produção (49,4 pontos), das vendas (48,3 pontos) e dos custos (39,1 pontos) durante o período de outubro a dezembro. O setor também mantém uma percepção de queda em relação a todos os investimentos, que incluem máquinas e equipamentos (42,4 pontos), P&D (41,0 pontos), indústria 4.0 (37,8 pontos) e capacidade instalada (44,8 pontos). De acordo com a metodologia desenvolvida pela Fiesp, índices abaixo de 50,0 pontos indicam piora, e acima de 50,0 pontos sinalizam melhora.

Para o 1º trimestre de 2025, os empresários industriais paulistas projetam um cenário semelhante, com piora de todos os dados: produção (47,1 pontos), vendas (46,7 pontos), custos (45,5 pontos) e de todos os investimentos – capacidade instalada (46,2 pontos), Indústria 4.0 (45,9 pontos), P&D (43,5 pontos) e máquinas e equipamentos (36,1 pontos).

“Para o próximo trimestre, os empresários paulistas têm expectativa de dificuldades associadas ao mercado de suas empresas e de possíveis aumentos de custos”, alerta Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp. “Além disso, a retomada do ciclo de aperto monetário e o menor impulso fiscal esperados para os próximos trimestres tendem a contribuir para a desaceleração da atividade à frente”, acrescenta.

Os resultados gerais agregam os dados dos doze segmentos consultados, por porte. São eles: 1) Alimentos e Bebidas; 2) Têxtil, Vestuário e Couro e Calçados; 3) Madeira e Móveis; 4) Papel e Celulose e Impressão;5) Petróleo e Biocombustíveis, Químicos e Farmacêutico; 6) Borracha e Plástico; 7) Minerais Não Metálicos e Metalurgia; 8) Produtos de Metal; 9) Informática e Material Elétrico; 10) Máquinas e Equipamentos e Manutenção de Máquinas e Equipamentos; 11) Veículos e Outros Equipamentos de Transporte; e 12) Diversos, que agrega a fabricação de artefatos para pesca e esporte, fabricação de brinquedos e jogos recreativos, fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico de artigos ópticos, entre ouros produtos.

Segmentos

Assim como no cenário agregado, entre os resultados por segmentos também ficou evidente a piora em boa parte dos dados levantados, ainda que a expectativa de alguns setores seja de melhora para a produção no começo de 2025.

O destaque positivo entre os segmentos ficou, pelo segundo relatório consecutivo, a cargo de produtos Diversos, que apontou a percepção de melhora da produção (60,0 pontos) e das vendas (63,0 pontos) no 4º trimestre de 2024. O mesmo setor indicou que no 1º trimestre de 2025 a produção (54,0 pontos), as vendas (56,0 pontos), os custos (53,0 pontos), os investimentos em Indústria 4.0 (60,0 pontos), capacidade instalada (58,0 pontos) e P&D (51,0 pontos) devem ser melhores.

Para os empresários do segmento de produtos Diversos, os fatores que influenciaram neste resultado estão associados à produção e às vendas maiores do período para atender a demanda de fim de ano.

No sentido contrário, o destaque negativo é o segmento de Alimentos e Bebidas, que não sinaliza melhora em nenhum dos dados levantados, tanto na avaliação do 4º trimestre de 2024, quanto nas expectativas para o 1º trimestre de 2025. Os industriais desta categoria apontaram o patamar elevado da taxa de juros, a dificuldade para obtenção de mão de obra qualificada e a instabilidade do mercado como principais motivos para as baixas expectativas em relação ao período atual e o início de 2025.

A propósito, falta de mão de obra qualificada e o mercado desafiador são as maiores preocupações dos industriais paulistas de uma maneira geral. Estes mesmos itens já haviam sido mencionados nos relatórios anteriores.

Sobre o Fiesp Book

O Fiesp Book é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que reúne trimestralmente informações sobre a atividade industrial brasileira e paulista, além de destacar eventos e tendências relevantes.

O principal objetivo do Fiesp Book é fornecer uma síntese das informações sobre a indústria de transformação brasileira, com foco especial em São Paulo e na percepção dos empresários industriais do estado.

A elaboração do Fiesp Book é realizada pelo Departamento de Economia da Fiesp e é conduzida por uma equipe responsável pela coleta, análise e organização de dados econômicos relevantes do período abordado pela edição em questão.

A publicação trimestral tem o compromisso de fornecer e manter constantemente atualizadas as informações mais precisas e relevantes para membros da instituição, parceiros e stakeholders.




7 em cada 10 indústrias de São Paulo provisionaram recursos para pagamento do 13º salário

Apenas 9,8% das indústrias pretendem recorrer ao financiamento bancário para realizar o pagamento

Nova edição da pesquisa Rumos da Indústria Paulista, conduzida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mostra que quase 7 em cada 10 indústrias do estado provisionaram recursos para o pagamento do 13º salário de 2024. Este é o maior percentual da série histórica. As indústrias que pretendem recorrer aos bancos representam apenas 9,8%: a menor participação desde 2008.

A média percentual da folha de pagamentos do 13º salário a ser solicitado aos bancos em 2024 é de 71,4 – também a menor desde o início deste levantamento. Para 67,9% das indústrias paulistas que solicitaram o financiamento bancário, o custo está mais alto ou muito mais alto que o ano anterior. Entretanto, é a menor fatia de indicação dos últimos quatro anos (2021: 88,6%, 2022: 80,3% e 2023: 71,4%).

Com relação ao prazo de pagamento, 75,0% indicaram ser o mesmo do ano de 2023.

Motivações

O motivo de praticamente 9 em cada 10 empresas não solicitar financiamento bancário se deve principalmente à utilização de recursos próprios (79,5%). Entretanto, nota-se a observação indicada na resposta outros (8,5%) que as taxas de juros estão em patamares elevados.

Vendas

Quanto às vendas de final de ano, 38,8% indicaram que será igual ao ano passado, 33,2% que será maior e apenas 28,0% menor que o ano anterior.

Entretanto, a variação média para as vendas de final de ano é de queda de 2,7% em relação ao mesmo período de 2023. Quinto ano seguido com esta percepção (2020:-3,1%, 2021: -0,5%, 2022: -4,2% e 2023: -6,6%).

Ainda assim, 47,9% dos respondentes indicaram que os pedidos estão ocorrendo no mesmo momento.

Vagas

Mais da metade das indústrias paulistas está com vagas em aberto. Porém, essa fatia dos respondentes percebe que há falta de qualificação técnica dos candidatos (54,5%), ausência ou poucos candidatos às vagas (46,5%) e falta de experiência (42,3%).

As principais vagas em aberto estão relacionadas ao ambiente de produção, como operador de produção, torneiro CNC e mecânico, entre outros.

Atualmente, os motivos apontados para a falta de mão-de-obra são: falta de interesse, falta de qualificação, falta de comprometimento, além de ligação com a geração mais jovem e com o governo (devido a benefícios sociais).

Confira a pesquisa completa aqui




Indústria pode crescer mais do que os 3,1% indicados pelo IBGE, frisa Ciesp

Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao analisar o crescimento de 3,1% da atividade no acumulado do ano até setembro, anunciado pelo IBGE nesta sexta-feira, salientou que o seu desempenho, embora os números sejam positivos, poderia ser ainda mais expressivo se contasse com políticas de fomento eficazes e de longo prazo. Políticas de Estado, não de Governo. “É crucial trabalhar para que sua expansão seja cada vez mais substancial e sustentada”, afirmou.

“Também é importante entender que o Custo Brasil, de R$ 1,7 trilhão anual a mais em relação à média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), tem peso imenso sobre uma atividade que, para ser mais competitiva, precisa investir de modo permanente – e muito – em máquinas, equipamentos, tecnologia e recursos humanos qualificados”. A economia não tem favorecido esse cenário, segundo Cervone.

Além dos tributos exagerados, os ônus dos juros, a insegurança jurídica e os custos trabalhistas elevadíssimos que permeiam a economia nacional, a indústria é atingida por medidas pontuais nocivas. “Para citar apenas dois exemplos, lembro a tributação das subvenções para investimento e custeio (incentivos de ICMS – Lei 14.789/2023), que acarreta perdas estimadas em 25,9 bilhões de reais, e a limitação temporal ao aproveitamento de créditos tributários federais decorrentes de decisão judicial (Lei 14.873/2024), com perdas estimadas em 24 bilhões”, acentua o presidente do Ciesp.

Na expectativa de que a reforma tributária racionalize os impostos e que os demais obstáculos que atingem o setor sejam removidos, Cervone espera que tenham êxito dois planos lançados este ano: Depreciação Acelerada, que favorece investimentos em modernização, e o programa Nova Indústria Brasil (NIB), que prevê financiamentos de RS$ 300 bilhões até 2026. “Reduzir os custos e viabilizar investimentos é determinante para promover a modernização, competitividade e produtividade da indústria nacional”, afirmou.

Para o presidente do Ciesp, os ganhos proporcionados pelo fortalecimento do chão de fábrica serão relevantes para todos os brasileiros, considerando o seu significado para o crescimento sustentado, como demonstram as estatísticas. Mesmo não tendo sido priorizado nas últimas décadas e enfrentando barreiras, o setor responde por 66,6% das exportações brasileiras de bens e serviços, 66,8% dos investimentos nacionais em P&D e 24,4% da arrecadação previdenciária. Mantém mais de 11 milhões de empregos formais (21,2% do total nacional) e paga os melhores salários. Também apresenta, dentre todos os ramos de atividade, o maior fator de multiplicação, gerando R$ 2,44 para cada R$ 1,00 que produz.

“Os números divulgados hoje pelo IBGE mostram a resiliência e capacidade de superação da indústria. O setor pode e precisa crescer de modo robusto e sustentado. Ao ganhar competitividade, criar mais postos de trabalho e ampliar a inclusão social, ajudará muito o Brasil a se tornar uma economia de renda alta”, enfatizou Cervone.

 

Os números do IBGE

Em setembro de 2024, a produção industrial brasileira subiu 1,1% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. O resultado acontece após a variação positiva de 0,2% em agosto.

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total do setor cresceu 3,4% em setembro de 2024, marcando a quarta taxa positiva consecutiva. Com isso, houve avanço de 3,1% nos nove primeiros meses de 2024.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, aumentou 2,6% em setembro, permanecendo com taxa positiva e intensificando o ritmo de expansão frente aos resultados de agosto (2,4%), julho (2,2%), junho (1,5%) e maio (1,2%) de 2024.

 

Fonte: Ciesp




Indústria paulista registrou aumento das horas trabalhadas na produção e das vendas reais no 3º trimestre

As vendas reais mostraram recuperação após estabilidade no trimestre anterior, indicam Fiesp e Ciesp

Variação mensal

Em setembro, três dos quatro componentes acompanhados na pesquisa Levantamento de Conjuntura (Fiesp/Ciesp) apresentaram crescimento no mês.

Aos 79,8%, o NUCI avançou 1,3 p.p. na comparação com o mês de agosto, atingindo o maior patamar de utilização desde dezembro de 2023 (79,9%). As horas trabalhadas na produção avançaram 0,7% na leitura atual e completaram cinco meses consecutivos de dados positivos. Os salários reais médios também indicaram alta, com variação de 0,6%.

Contudo, as vendas reais retraíram 1,3% em setembro frente a agosto, mês no qual também haviam contraído 1,0%.

Todos os dados contam com ajuste sazonal.

Variação trimestral

O 3º trimestre do ano foi positivo para a atividade industrial do estado de São Paulo.

Com altas de 2,2% e 2,1% na comparação com o 2º trimestre, as horas trabalhadas na produção e as vendas reais, respectivamente, foram os destaques no período comparado.

Os salários reais médios oscilaram próximo à estabilidade (+0,1%). Por sua vez, o NUCI retraiu 0,4 p.p. frente ao trimestre anterior.

Variação no ano

No acumulado de janeiro até setembro em comparação com o mesmo período do ano anterior, os salários reais médios variaram positivamente 1,4%, mantendo o dado da leitura anterior. As horas trabalhadas na produção avançaram 0,9%, em aceleração quando comparado com as últimas divulgações (-0,3% em junho, +0,2% em julho e +0,5% em agosto).

Todavia, o componente de vendas reais registrou variação acumulada negativa entre janeiro e setembro (-1,8%).

Dados sem ajuste sazonal.

Variação em 12 meses

Na variação em 12 meses, os salários reais médios permaneceram como destaque positivo, com alta de 1,2%, mantendo o ritmo de crescimento indicado em agosto.

As horas trabalhadas na produção, com crescimento de 0,3% nesta métrica, voltaram a figurar no campo positivo após 6 meses em sequência com dados acumulados negativos.

Por fim, as vendas reais, mesmo com variação de -5,4%, mantiveram a trajetória de recuperação nesta ótica desde o mês de março (-11,1%).

Os dados da variação em 12 meses não contam com ajuste sazonal.

Fonte: Levantamento de Conjuntura (Fiesp/Ciesp)
Fonte: Levantamento de Conjuntura (Fiesp/Ciesp)

Clique e conheça os resultados da indústria de transformação paulista – Conjuntura de Setembro

Para acessar a série histórica da Conjuntura, clique aqui




3ª fase do programa Acordo Paulista é lançada na Fiesp e deve renegociar R$50 bilhões em dívidas de empresas

Evento contou com a presença do governador Tarcísio de Freitas e da procuradora-geral do estado, Inês Coimbra

Lúcia Rodrigues

O governo paulista, por meio da Procuradoria-Geral do estado de São Paulo (PGE-SP), lançou na Fiesp, na segunda-feira (21/10), o terceiro edital do programa Acordo Paulista, voltado para empresas em recuperação judicial, liquidação judicial, liquidação extrajudicial ou falência, que possuam débitos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) inscritos em dívida ativa.

O terceiro edital oferece condições especiais que incluem descontos de 100% nos juros, multas e demais acréscimos; parcelamento em até 145 vezes sem entrada, com limite mínimo de parcela de R$500,00; e utilização de créditos acumulados de ICMS e créditos em precatórios, com limite máximo de desconto de 70% do valor total do crédito. As adesões ao programa são feitas de forma eletrônica no site Acordo Paulista, e vão até 31 de janeiro de 2025.

A estimativa do governo estadual é que cerca de R$50 bilhões em 73.824 débitos de 3.103 empresas poderão ser negociados.

Para o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, a medida é absolutamente importante. “Ela facilita o ambiente de negócios fazendo com que o estado de São Paulo, que já é a locomotiva do Brasil, continue crescendo e se desenvolvendo”.

Segundo Josué, o estado de São Paulo tem sido muito eficaz nas medidas que têm sido adotadas para o seu desenvolvimento. “Não tenho dúvidas que hoje, qualquer investidor que pense em investir no Brasil, olha primeiro para o estado de São Paulo, não só pela sua infraestrutura, pela qualidade da sua educação, mas principalmente pelo governo paulista não tornar litígios desnecessários, algo que só atravanca o Poder Judiciário”, concluiu.

Com essa iniciativa, segundo o governador Tarcísio de Freitas, o governo do estado reforça seu compromisso com a modernização da tributação e o apoio ao desenvolvimento econômico, proporcionando um ambiente mais favorável para empreendedores e empresas em São Paulo.

“Com o Acordo Paulista, a empresa tem a possibilidade de resolver sua situação e pensar no futuro. Liberar capital e ter previsibilidade para fazer investimentos, aumentar estoque e linha de produção e contratar pessoas”, afirmou Tarcísio.

De acordo com o presidente do Ciesp, Rafael Cervone, entre janeiro e agosto de 2024, as recuperações judiciais aumentaram 78,3%, conforme o Indicador de Falência e Recuperação Judicial da Serasa Experian. Durante esse período, foram registrados 1.480 pedidos de recuperação judicial, superando os 1.405 pedidos contabilizados durante todo o ano de 2023.

Cervone disse ainda que micro e pequenas empresas lideraram as solicitações, representando 72% das ocorrências evidenciando a vulnerabilidade desses negócios.

“Além disso, 130 grandes empresas também buscaram essa medida neste ano, o que ressalta a gravidade da situação em diversos setores”, ressaltou Cervone.

Para o presidente do Ciesp, o endividamento das empresas no Brasil tem se tornado uma preocupação crescente, agravado pela queda nas vendas e pelo aumento das taxas de juros. “Esses fatores impactam diversos setores da economia, incluindo comércio, serviços e indústria”, avaliou Cervone.

Segundo Inês Coimbra, procuradora-geral do estado de São Paulo, o Acordo Paulista traz melhores condições para as empresas retomarem suas atividades e preservar seus empregos.

A exemplo do que aconteceu na primeira fase do programa, com o apoio da Fiesp, equipes da Procuradoria-Geral do estado, especializadas na área tributária-fiscal vão percorrer algumas das sedes regionais do Ciesp para divulgar e tirar dúvidas dos empresários e associações locais sobre a nova etapa.

A primeira fase do Acordo Paulista tratou de dívidas de ICMS e já alcançou a marca de R$ 45.7 bilhões negociados. A previsão de arrecadação é de R$14 bilhões.

A segunda fase, que vai até 20 de dezembro, tem como foco o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), com mais de 16 mil débitos já renegociados, de acordo com a Procuradoria.




SINDICARNES-SP marca presença na Expomeat 2024

O SINDICARNES-SP mais uma vez marcou presença na Expomeat – Feira Internacional para a Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal, que aconteceu no Distrito Anhembi, em São Paulo, entre os dias 24 e 26 de setembro.

Mais uma vez o Sindicato foi parceiro estratégico do evento, que reuniu mais de 200 expositores representando cerca de 450 marcas nacionais e internacionais, fato que foi destacado pelo presidente, Algemir Tonello. “A Feira era nacional e hoje se tornou internacional, mostrando todo seu potencial.”

Vice-Presidente, Olinto Rodrigues, recebeu o Prêmio Carne Forte das mãos do presidente do Sindicarnes-SP, Algemir Tonelo
Vice-Presidente, Olinto Rodrigues, recebeu o Prêmio Carne Forte das mãos do presidente do Sindicarnes-SP, Algemir Tonelo

O vice-presidente do SINDICARNES-SP, Olinto Rodrigues, destacou que o mercado este ano está desafiador, pois as matérias-primas estão mais elevadas. Para ele a Feira é muito importante por trazer muita tecnologia, que é fundamental para as empresas ganharem eficiência.

O diretor da Feira, José Roberto Sevieri, destacou o potencial da proteína animal, que, segundo ele, alimenta não apenas os brasileiros, mas pessoas de mais de 60 países. “O Brasil vem fazendo um trabalho impressionante, graças a todos esses equipamentos e máquinas que apresentamos aqui na Feira.”

Para a diretora da Feira, Maria Antônia Siqueira Ferreira, a Expomeat possibilita aos participantes a oportunidade de estar no principal palco das tendências do setor de processamento de proteína animal e vegetal

Prêmio Carne Forte

djndkd]O vice-presidente do SINDICARNES, e diretor administrativo da Gran Corte, Olinto Rodrigues, foi um dos vencedores do Prêmio Carne Forte, na categoria Livre de Reciclagem Animal.

O Prêmio consolidou-se  como o de maior relevância na indústria frigorífica, ao valorizar e reconhecer as personalidades que se destacaram na cadeia produtiva. A votação é feita pelos fornecedores da agroindústria, instituições, associações, sindicatos e jornalistas.

Cabe ressaltar que o Prêmio Carne Forte é idealizado pelos promotores da Expomeat, pelo grupoEnterprise/Rofer e Proma Feiras.

Ganhadores do Prêmio Carne Forte 2024
Categorias:
• AVES
Daniel Dalla Costa – Gerente Divisão Pecuária – LAR COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL
• ?AVES
Marcos Grando – Gerente Corporativo Ciex – Manutenção – BRF GLOBAL
• SUÍNOS
Christian Klauck – Diretor Industrial – AURORA COOPERATIVA
• ?BOVINOS
Rogério Cavina – Gerente Industrial – JBS S/A; BRF GLOBAL
• PESCADO
Juliana Alice Nervis – Supervisora de Assistência Técnica em Piscicultura – COPACOL
• OVINOS
Mauricio Bach – Diretor Presidente – VPJ COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA
• VEGETAL
Elaine Bedeschi – Gerente Corporativa da Garantia da Qualidade
MARFRIG GROUP
• FEDERAL
Carlos Henrique Baqueta Fávaro – Ministro da Agricultura e Pecuária
• LEGISLATIVO
Antonio Carlos Gomes da Silva – Deputado Federal – Partido Republicanos – RS
• CATEGORIA LIVRE
Charles Eduardo Stefanello – Gerente de Produção – VIBRA AGROINDUSTRIAL S.A.
• CATEGORIA LIVRE
Pedro Daniel Bittar – Presidente da ABRA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RECICLAGEM ANIMAL
• CATEGORIA LIVRE
Olinto Rodrigues de Arruda Junior – Diretor Administrativo – GRAN CORTE ALIMENTOS IMP. EXP. LTDA.

Nelson Braido Jr, Nelson Braido, presidente do Sincobesp, Tonelo e Olinto.
Nelson Braido Jr, Nelson Braido, presidente do Sincobesp, Tonelo e Olinto.

Vista geral do stand
Vista geral do stand

Stand Sindicarnes
Stand Sindicarnes




Produção de carne bovina bate recorde no Brasil, aponta IBGE

Segundo trimestre de 2024 registrou produção recorde de 2,57 milhões de toneladas de carne bovina

 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a pecuária nacional bateu um recorde histórico no segundo trimestre desse ano, com a produção de carne bovina alcançando a marca de 2,57 milhões de toneladas. Esse é o maior registro desde que a série histórica teve início e passou a ser monitorada, em 1997.

Para o gerente de Corte da Alta, Manoel Sá Filho, dois fatores explicam esse excelente resultado para a pecuária nacional. “O consumo interno sem dúvida responde por grande parte desse recorde, mas, não podemos deixar de citar as exportações, que também tiveram papel relevante. Foram mais de 612 mil toneladas no segundo trimestre, aumento de 30% na comparação anual, com destaques para os meses de abril e maio”, destaca.

 

Corroborando com os dados do IBGE, o relatório Visão Agro, divulgado pela consultoria Agro do Itaú BBA, indica que o bom momento da pecuária deve perdurar, já que a previsão é que a produção de carne bovina aumente 15% em 2024, superando os 10 milhões de toneladas equivalentes à carcaça. “As projeções indicam inclusive que o consumo per capita de carne bovina em 2024 no Brasil deve retornar ao patamar recorde de 32 kg/habitante, registrado em 2013”, comemora Manoel Sá.

 

O relatório pontua, ainda, que as exportações devem crescer 20%, atingindo o pico de 3,4 milhões de toneladas. “Todos esses números mostram que já estamos em momento de retomada do ciclo pecuário. O que a maioria pensou que iria acontecer somente em 2025 já está sendo visto agora, o que é muito positivo”, completa.

 

Bom momento da pecuária é influenciado pelo melhoramento genético

 

Para Sá Filho, a execução de programas de melhoramento genético vem impulsionando o aumento da produção de bovinos no Brasil de forma consistente. “Os animais que estão sendo abatidos em 2024 são reflexos do recorde de venda que tivemos em 2021, quando mais de 20 milhões de doses de sêmen bovino voltadas especificamente para corte foram vendidas”, analisa.

O melhoramento genético de bovinos de corte envolve a seleção e o acasalamento direcionado entre os animais com características desejáveis para as próximas gerações. Trata-se de uma prática fundamental na pecuária e amplamente utilizada pelos criadores de diferentes raças. O objetivo é tornar a produção mais eficiente e lucrativa.
“Nós temos um grande potencial de crescimento, considerando que, atualmente, apenas 25% das vacas de corte no Brasil são inseminadas. Temos um rebanho de matrizes em torno de 80 milhões de cabeças e a oportunidade de crescer mais 75%. Os criadores têm visto os excelentes resultados frutos do investimento em genética e o mercado deve crescer exponencialmente nos próximos anos”, acrescenta Manoel Sá.

No Brasil, a Alta é a líder do segmento de melhoramento genético bovino, com mais de 34% de mercado.

 

Sobre a Alta

 

A Alta é líder mundial no mercado de melhoramento genético bovino. Com matriz em Calgary, no Canadá, atua em mais de 90 países com nove centrais de coleta: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Holanda e China, sendo a única central com licença para produzir sêmen no país asiático.

 

No Brasil, a Alta mantém escritório administrativo e moderna central de biotecnologia e difusão genética em Uberaba/MG, onde anualmente recebe mais de 12 mil visitantes.

 

A Alta contribui diariamente com o desenvolvimento da pecuária mundial pela sua estreita relação com o pecuarista, auxílio de profissionais altamente qualificados, modernas instalações e emprego de tecnologias pioneiras e visa melhorar a lucratividade de cada rebanho, por meio da entrega genética de confiança e serviços de manejo com alta qualidade.